O fim da desoneração sobre a folha de pagamento – a parte das empresas na contribuição para a Previdência voltará a ser sobre o total de gastos com pessoal, em vez de poder ser sobre o faturamento – terá impacto menor do que o imaginado, sustenta Eduardo Plastina, do escritório Souza, Berger, Simões e Plastina Advogados.
Ele lembra que, em dezembro de 2015, depois de tentar retirar o benefício, o então governo Dilma Rousseff elevou as alíquotas para os "desonerados", de entre 1% e 2% para até 4,5% do faturamento. Também permitiu a escolha da forma de contribuição.
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Ao acompanhar seus clientes, Plastina identificou que muitas empresas retornaram para o pagamento de 20% da folha.
– Depende de características de cada uma, mas as que podem ser prejudicadas são as intensivas em mão de obra, como calçadistas, ou com salários mais altos, como serviços de TI. Antes de 2016, havia entre 85 mil e 90 mil empresas submetidas à desoneração, e hoje são 40 mil.