Mesmo cercado de dúvidas – se ainda dá tempo, se a velocidade do efeito é suficiente para dar oxigênio a um organismo sufocado, se há bala na agulha para alvejar o pessimismo dominante –, deve ser anunciado na quarta-feira o pacote de medidas microeconômicas do governo federal. Determinado pelo desânimo que se seguiu à fraqueza do PIB no terceiro trimestre e acelerado pela necessidade de reagir tanto ao início do vazamento da delação da Odebrecht quanto à disparada na rejeição detectada na pesquisa Datafolha, o conjunto chega aos brasileiros em um momento conhecido há décadas: pouco antes do Natal. A história econômica do país é pródiga em "pacotes natalinos", a maioria com efeito mais anímico do que prático.
Em análise
Empréstimo compulsório, o tope do pacote federal
Implementação é complexa, demanda fiscalização, mas representa a melhor expectativa de socorro em meio à crise
Marta Sfredo
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