A casa agora tem mais vida. A hora de acordar é ela quem comanda. Temos em casa uma vilã da função soneca. Ao primeiro barulhinho do toque de despertar do celular ela, mais que pronta, acorda desesperada para brincar. Insistir em ficar na cama é um erro — o latido alto virá na sequência.
Adotar um cãozinho é espetacular. Olhar pra essa cachorrinha e pensar que eu posso ajudar ela a ter uma vida melhor é transformador. Quando conhecemos (Eu e Eduardo) a Raposa não fazíamos a menor ideia de que hoje ela estaria na nossa casa. A adoção foi instinto. Vimos um bichinho precisando de ajuda e no impulso trouxemos pra casa.
Tem sido uma experiência bem peculiar! É uma satisfação abrir a porta e ver nela a materialização da felicidade. Absolutamente nenhuma pessoa fica mais feliz em ver alguém do que um bichinho quando vê seu dono (caro leitor, não gosto da palavra tutor — soa estranho pra mim, tudo bem?).
A rotina foi modificada. É preciso tirar tempo antes do café da manhã para brincar. As tarefas de dar comida, limpar o xixi, ensinar a cada novo erro tem seu charme. O mais difícil tem sido evitar ficar todo arranhado de tanto brincar (filhotes amam morder!).
A decoração mudou. O sofá, antes lisinho, agora tá cheio de mantas para evitar maiores problemas. As plantas estão sobrevivendo as tentativas de ataque. Não há mais fios conectados nas tomadas. Uma câmera de monitoramento comprada às pressas na internet tem sido infalível quando bate a saudade.
Quem me acompanha na TV sabe o quanto eu sou apaixonado por animais. Uma vez há uns 5 anos fui “atacado” ao vivo por dois cachorros imensos numa propriedade rural em Cambará do Sul durante uma reportagem sobre o frio da serra. Foi um ataque de fofura! Eles pularam em mim e ficou evidente que eu sou cachorreiro!
Evitei por um tempo ter um bichinho pois sou daquelas pessoas de me apegar demais. Com tantas viagens de trabalho ficava sempre com dois corações na hora de sair de casa. Mas, dessa vez, foi irresistível.
Estou, absolutamente, monotemático há 10 dias. Só falo na Raposa em todo lugar que vou, com qualquer pessoa que converso. Não poderia ser diferente aqui na coluna. Abro meu coração pra fazer dois pedidos: não abandone os animais e, de preferência, adote ao invés de comprar!
Se te falta coragem pra ter um aumiguinho em casa, leia de novo esse texto. Eu não poderia estar mais feliz!