Nunca entendi bem essa nossa avidez por julgamentos. Sobretudo por julgamentos que nós fazemos dos outros. Possivelmente, numa interpretação rápida que alguém chamaria "psicanálise de fundo de quintal", eu diria que, criticando os outros, estamos erguendo biombos entre nós mesmos. Como meninos de escola que, tendo feito alguma malandragem, ligeiro dizem "não fui eu, profe", e apontam o dedo para alguém do lado.
Crônica
Predadores de almas
Quanto mais inseguros, mais julgamos. Quanto mais culpados, mais sentenciamos
Lya Luft
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