Sempre acreditei que jogar papel impresso fora é pecado. Já teve um tempo em que eu guardava até volante de dedetizadora distribuído na rua. Minha mulher conseguiu, aos poucos, me trazer para a razão, em parte porque não havia mais lugar em casa para tudo o que eu colecionava. Hoje já aceito que doar livros não é o mesmo que jogá-los no lixo e que o limite da existência de uma revista é exatamente o limite entre o papel e o farelo. Mas ainda sofro para me desfazer de suplementos guardados para ler depois que eu nunca leria, pois já não se distinguiria o texto do mofo.
Crônica
Cadernetas
Leia a coluna publicada na superedição de fim de semana de ZH
Luis Fernando Verissimo