
O Inter voltou a vencer e precisa agradecer demais a Alan Patrick.
Em um jogo que parecia repetir as dificuldades dos anteriores, com corredores fechados por uma linha de cinco, seguida por uma linha de quatro, e com o meio congestionado tirando o espaço de Alan Patrick, o 3 a 1 de virada veio justamente na capacidade técnica dele.
Em três cobranças de escanteio do seu camisa 10, o Inter construiu sua vitória. Há, é evidente, muito também da mão de Roger nessa vitória. Porque a bola parada que saiu dos pés de Alan foi arquitetada e treinada por seu técnico.
Fábio Mathias, por sua vez, voltou para Caxias do Sul com lição de casa para fazer na semana livre de treinos. Seu Juventude já havia levado três gols de bola parada do Flamengo e repetiu a dose no Beira-Rio.
No intervalo, Gilberto concedeu entrevista revelando que a preocupação era com os cabeceios de Fernando. Justo o titular que ganhou folga no fim de semana. Não havia Fernando, mas havia Victor Gabriel, autor de dois gols, Borré, que entrou, fez o gol e saiu minutos depois, com lesão muscular e virando mais uma estatística desse calendário cruel com os jogadores.
Roger também preservou Aguirre e viu Nathan ter boa atuação, principalmente, no segundo tempo, quando os espaços surgiram mais.
Outra vez, Roger precisou usar do movimento de recuo do primeiro volante para zagueiro seguido da transformação dos laterais em alas para criar superioridade na zona de criação do campo e gerar lances de ataque.
Os adversários, é nítido, manjaram o jogo do Inter, baseado na dobradinha Bernabei e Wesley e no desequilíbrio técnico de Alan pelo meio. Assim, começa a se tornar uma conversão natural deste Inter em um time com linha de três atrás, que se defende com cinco zagueiros e ataca com sete ou oito. O campo está fazendo esse Inter adotar uma nova feição.