
O primeiro Grêmio de Mano Menezes mostrou para ele que há muito trabalho a ser feito. O 2 a 2 trazido de Mendoza saiu muito melhor do que a encomenda.
O Godoy Cruz, mesmo com suas limitações e com jogo baseado apenas na transpiração, expôs as fragilidades defensivas que marcam a vida gremista nos últimos anos. Mais do que isso, deixou claro que há individualidades muito abaixo.
João Pedro foi batido quase sempre pelo insinuante Andino, da seleção sub-20 argentina. Jemerson foi um capítulo à parte. Perdeu duelos com os atacantes nos dois gols e, não fosse a trave nos acréscimos, também estaria envolvido no terceiro gol do Godoy Cruz.
Uma noite extremamente negativa e preocupante do defensor. Ele será o único zagueiro de pé direito disponível até a parada para o Mundial de Clubes, em junho.
A estratégia de Mano
Ficou claro, já neste primeiro jogo, a estratégia de Mano de baixar linhas e esperar o adversário. O primeiro gol, em uma roubada de bola na saída de jogo, foi uma exceção.
Na maior parte do tempo, o Grêmio marcou com pressão média e tentou sair em velocidade. Assim, por exemplo, chegou ao segundo gol, em contra-ataque de manual armado por Kike, destaque gremista, e arrematado por Aravena. A essa altura, o Tricolor havia levado o empate e passava por apuros.
Jorge Solari, o irmão menos famoso de Santiago Solari, ex-Real Madrid, havia trocado um volante por um meia e um meia por segundo centroavante. Essa manobra mostrou o Grêmio que Mano terá de corrigir.
O Godoy teve a bola em quase todo o segundo tempo e, mesmo sem muitas luzes, criou perigo e ameaçou Volpi. Por tudo isso, nem o fato da vitória ter estado na mão até dois minutos do final escondeu falhas gremistas que Mano precisará corrigir urgentemente. O 2 a 2, mesmo que mantenha o Godoy na liderança, foi para ser comemorado.
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