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O Palmeiras iniciou uma transformação em suas categorias de base a partir de 2015, quando buscou João Paulo Sampaio, que havia feito um grande trabalho no Vitória e revelado nomes como David Luiz e Hulk.
Sampaio, em conversa com a coluna no ano passado, contou que o plano estratégico traçado era começar a abastecer o grupo principal em larga escala a partir de 2019. A geração nascida entre 1999 e 2001 ganhou tudo em 2018. Alguns nomes estiveram na conquista do Torneio de Santiago, sub-18, e subiram para ganhar no sub-20 o bi do Paulistão, o Brasileirão.
Nesse grupo estavam quatro nomes que se encontrarão logo ali adiante, no Gre-Nal: Lucas Esteves e Luan Cândido, recém anunciados pelo Grêmio, e Vitão e Wesley, destaques do Inter. O time ainda tinha Patrick de Paula e Gabriel Menino, além de Papagaio, centroavante que surgiu como promessa, mas acabou sem confirmar. Naquela época, o Palmeiras vendia suas joias para pagar dívidas. Luan Cândido saiu em 2019, aos 18 anos, para o RB Leipzig, por 8 milhões de euros. Meses depois, foi a vez de Vitão sair, por 4 milhões de euros.
Cândido e Esteves disputaram posição no time sub-20. Mesmo sendo um ano mais novo, Cândido acabou ganhando mais espaço. Porém, houve jogos em que os dois atuaram juntos pela esquerda. O time que venceu o Corinthians na final do Paulistão Sub-20 tinha Cândido como ponta-esquerda e Wesley como ponta-direita. Esteves seguiu no Palmeiras e subiu em 2019, com Felipão. Acabou atropelado pelo surgimento de Vanderlan e foi emprestado em 2021 para o Colorado Rapids, da MLS. Ficou um ano e meio nos EUA e, no regresso, rodou por Fortaleza, Atletico-GO e Vitória, onde resgatou o protagonismo.
Wesley foi promovido em 2020, por Vanderlei Luxemburgo e se destacou na conquista da Libertadores e da Copa do Brasil. Saiu em 2023, vendido ao Cruzeiro (R$ 16 milhões, por 50% dos direitos), mas só retomou os melhores dias no Inter.
Agora, será em um futuro Gre-Nal o reencontro das "Crias da Academia" que fizeram parte da primeira geração dourada desde a reformulação da base. Uma reformulação que melhora de maneira galopante. É só ver a última fornada, com Endrick, Luis Guilherme e Estêvão. Quem acompanha de perto a base do Palmeiras garante que vem mais por aí.
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