O Grêmio de Gustavo Quinteros começará pela defesa e primará pela solidez defensiva. Tudo isso sem ser defensivo. A versão 2025 que o torcedor verá na Arena terá alicerces táticos e processos coletivos.
Em resumo, todo mundo precisará fazer tudo neste time idealizado por Quinteros. O que demandará algum tempo para que os jogadores virem a chave e se conectem aos novos conceitos, em que será necessário atuar com intensidade alta e demandará que todos sejam multifuncionais. Gostei da entrevista do novo técnico nesta segunda-feira (6). Suas ideias são claras, e o discurso do que deseja do time é objetivo.
O Grêmio precisava de uma guinada na sua forma de jogar depois das últimas temporadas. Principalmente, pelas dificuldades defensivas. Está longe de ser normal uma equipe levar 148 gols em dois anos. Como foram 131 jogos, teve média de 1,12 gol sofrido por jogo. Ou seja: para ganhar era necessário fazer dois gols.
Quinteros se apresentou avisando que seu time começará por uma defesa forte. O que não sigifnicará um time retrancado ou de pouco apetite ofensivo. O plano é fazer um Grêmio agressivo com a bola e, sem ela, igualmente agressivo para recuperá-la.
O projeto, porém, precisará de peças adequadas para executá-lo. Quinteros deixou isso claro. A busca no mercado será por zagueiros, laterais, volante e extrema. Mas, mais do que a posição, o requisito básico é por jogadores com capacidade para assimilar rapidamente seu conceito de jogo.
— O entendimento é o mais importante — disse o argentino.
Aqui, outra mudança de filosofia na rotina de trabalho gremista. O lastro físico será fundamental, e a disciplina tática, o guia de tudo. Assim, o Grêmio sai de um modelo que se baseava nas individualidades e parte para um jogo norteado pelos processos coletivos.
Mudar de estrada, como em qualquer setor da vida, requer tempo. E o Grêmio e sua torcida precisarão estar cientes disso.
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