Pedro Caixinha trocou o Grêmio pelo Santos. Fechou com os paulistas no domingo (22), enquanto o clube gaúcho se desdobrava para atender suas exigências. O português é página virada, a ideia de jogo que aplica, não.
O argentino Gustavo Quinteros se tornou o grande alvo. As conversas se iniciaram e há grande esforço para anunciá-lo antes da noite de Natal.
O obstáculo é sua situação no Vélez, com quem negocia a renovação. Quinteros se tornou um dos protagonistas do time do ano na Argentina.
Em dezembro de 2023, assumiu um clube que havia lutado contra o rebaixamento. Um ano depois, saiu de férias vice-campeão da Copa de La Liga, o campeonato do primeiro semestre, perdido nos pênaltis para o Estudiantes, e da Copa da Argentina, derrotado pelo Central Córdoba, e campeão da Liga Profesional, o campeonato do segundo semestre.
Mais do que isso, deixou afirmados uma geração que os torcedores consideram como a mais profícua desde aquela campeã da América e do Mundo em 1994.
Mais do que a aposta em jovens, a forma como Quinteros monta seus times remete muito à ideia buscada em Pedro Caixinha. O argentino montou o Vélez em um 4-2-3-1.
Foi assim que fez o Colo-Colo sair do quase rebaixamento ao seu lugar de protagonismo no Chile. Era ele o técnico quando os chilenos caíram para o Inter, de virada, na Copa Sul-Americana de 2022. Aliás, essa é uma característica do seu trabalho, de resgatar a confiança e potencializar camisas pesadas.
O argentino é adepto de um jogo com a bola no pé, com zagueiros que sabem construir, um meia central de capacidade técnica e extremas de velocidade.
O refino com a bola é feito sempre com competitividade extrema, marcação alta para recuperar a bola o mais longe do seu gol possível. Com a posse dela, fazer um jogo agressivo.
O Vélez que fechou 2024 como sensação argentina tinha dois zagueiros de bom trato, Mammana, ex-River, e Valetín Gómez, um zagueiro de apenas 21 anos e que foi lançado por Cacique Medina em 2022, com 19, na campanha à semifinal da Libertadores.
Na lateral, Elias Gómez, pela esquerda, era quase um terceiro zagueiro, García, pela direita, mais ofensivo. Na frente da zaga, uma dupla de volantes, com capitão Bouzat, típico cinco e distribuídor de jogo, e o garoto Ordoñez, que conectava as duas áreas.
Na linha de três, Pizzini, 31 anos, era o motor do time. Aquino, o meia cerebral, e Thiago Fernández, o canhoto desequilibrante.
Aquino, 33, saiu incensado como o craque da temporada argentina, mas a revelação é Thiago Fernández, cujos 20 anos fazem o Vélez sonhar com milhões de euros.
Na frente, Quinteros elegeu Brian Romero, aquele mesmo de passagem pelo Inter em 2022. Colocado como centroavante, sua missão era fazer gols e marcar com a fome de um volante a saída de bola dos adversários.
Era com ele que começava a blitz do Vélez, marca do time sensação da Argentina e do técnico que o Grêmio tenta trazer para 2025.
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