As últimas 24 horas podem ter definido o fim de uma era na Seleção Brasileira. O fim da Era Neymar. Os exames confirmaram as suspeitas de lesão grave no joelho esquerdo, com rompimento do ligamento cruzado anterior (LCA) e do menisco.
O nosso principal jogador da última década precisará dar uma guinada muito grande se quiser evitar o ponto final em sua trajetória em verde e amarelo. O que é uma tristeza porque perderemos justamente nossa maior referência técnica e o veremos dar adeus sem ter entregue o máximo que poderia.
Neymar, conseguiu, é verdade, atingir marcas pessoais. Tornou-se, com o gol sobre a Bolívia, no maior goleador da história da Seleção, superando Pelé. Também é um dos jogadores com maior número de assistências. Ele fez a sua parte no campo. Isso é inegável.
Mas, quando se trata de um jogador da estirpe de Neymar, se espera mais, que seja o líder técnico e mental do time, a referência, a mão que seguraria o Brasil quando a partida ficasse encrespada. Neymar nunca foi essa figura. Ficou encastelado demais na personalidade do Menino Ney e foi preciso que o Brasil pegasse na sua mão. Até para evitar que se perdesse em seu mundo próprio, no qual é o centro de tudo.
Neymar completará 32 anos em fevereiro. Havia deixado a Copa do Catar já colocando em dúvida sua presença na Copa de 2026, quando estará com 34 anos. Com a lesão, esse cenário ganha muita força. O LCA é uma das piores lesões para jogadores de futebol. Poucos voltam da mesma forma. Até porque é uma lesão que mexe muito com a confiança do atleta para fazer movimentos rápidos, como giros ou mudar a direção em jogadas de velocidade.
Agregue-se a tudo isso, o fato de que Neymar só voltará a atuar no segundo semestre de 2024. O tempo, aqui, nem é o empecilho. Mas Neymar, é bom lembrar, joga na Arábia Saudita hoje, longe do futebol mais competitivo. E, vamos combinar, ele já vinha dando sinal de fadiga por essa pressão de estar sempre em busca do topo. Do qual, sempre foi vizinho próximo. Embora, tivesse bola para ter um generoso lote lá.