A atuação de quarta-feira do Flamengo esteve longe de ser daquelas avassaladoras dos tempos de Jorge Jesus. O Athletico-PR criou chances, ameaçou e rondou. Só que esse Flamengo resistiu e competiu, no melhor estilo Jorge Sampaoli.
Também no melhor estilo Sampaoli, foi agudo e criativo com a bola. Há pouco mais de dois meses no cargo, o argentino coloca suas marcas no time. Um processo que acaba acelerado pela qualidade de um grupo que custa cerca de R$ 20 milhões por mês.
Na quarta-feira, na Arena da Baixada, uma passada de olhos na nominata do time e do banco de reservas dá uma boa amostra do tamanho do desafio do Grêmio na semifinal. Isso que ficaram de fora Matheuzinho e Bruno Henrique, em recuperação de lesão, e os garotos Matheus França e Matheus Gonçalves, por opção de Jorge Sampaoli.
França, 19 anos, tem multa de 200 milhões de euros e é apontado como a maior promessa da base. Gonçalves, 17 anos, perdeu espaço com o argentino, mas é outro tratado como joia pelo Flamengo. Renovou o contrato e também ganhou multa de 100 milhões de euros. A seguir, confira com quem o Flamengo conta para encarar Brasileirão, Libertadores e Copa do Brasil na mesma aceleração.
Goleiros
Matheus Cunha veio do São Paulo, em 2021. Com passagem por seleções sub-15, sub-17 e sub-20, chegou com 19 anos. Sampaoli se encantou com seu jogo com os pés e a segurança sob as traves e o colocou à frente de Santos, que chegou a ser cotado para ir à Copa de 2022. Hoje, ele e Rossi, buscado no Boca, são reservas dele.
Laterais
Matheuzinho, 22 anos, era o titular, mas se lesionou. Como o uruguaio Varela, da seleção, não se firmou, Wesley, 19 anos, tomou conta da posição. Indicado por Sávio, jogava no Tubarão até abril de 2021. Chegou para completar o sub-20. Hoje, é o titular da posição. Na esquerda, Filipe Luís é o técnico em campo e líder do vestiário. Um conselheiro dos jogadores. Ayrton Lucas, 26 anos, tomou conta do lugar e chegou à Seleção.
Zaga
Fabrício Bruno e David Luiz são os titulares. Fabrício, 27, tomou a posição pela firmeza e pela velocidade. Orgulha-se de dizer que não perde para nenhum atacante do Brasil na corrida. No banco, estão Léo Pereira, que entra para fazer um terceiro pela esquerda, Pablo e Rodrigo Caio, esse com menos espaço. Detalhe: os dois últimos foram da Seleção no último ciclo.
Meio-campistas
O chileno Erick Pulgar, da seleção, virou homem de confiança de Sampaoli. O argentino costuma usar um tripé com ele e dois meio, Victor Hugo, outra joia da base, e Gérson, que ganhou liberdade total de ação. Quando precisa robustecer o setor, tem Allan, comprado por 8,2 milhões de euros, e Thiago Maia. Nas meias, Everton Ribeiro e De Arrascaeta seguem afiados. Everton havia caído de rimo depois da Copa, mas recuperou o nível.
Ataque
Sampaoli usa um jogador mais projetado. Escolheu Gabigol. Pedro entra em situações específicas ou para manter o nível quando o titular cansa. Luiz Araújo, comprado por 9 milhões de euros, Cebolinha e Bruno Henrique, que voltou em alto nível, esperam a vez. Há ainda os dois Matheus, o França e o Gonçalves.