
A volta à Série A foi em um jogo duro, de uma intensidade fora da curva e que acabou com uma vitória de 1 a 0. Um prêmio pela superação. Se no primeiro tempo, vimos alguns traços do Grêmio do Gauchão, com trocas de passes, jogo pela faixa central e meias e volantes se aproximando, no segundo foi no modo Kannemann. Ou seja, com energia, disposição, disputando todos os lances como se fosse o último.
A batalha física contra o ABC cobrou seu preço a partir da última hora da partida, e o Grêmio se defendeu como foi possível. Tudo poderia ser mais tranquilo se Suárez tivesse convertido o pênalti aos sete minutos do segundo tempo. Só que cobrou um tiro de meta de mandou e bola na arquibancada. Aliás, mais uma vez, o uruguaio teve atuação abaixo da sua média.
O importante, para o Grêmio, foi a vitória. Era necessário iniciar o Brasileirão com ela, pela marca de uma volta à elite e, claro, pela cartilha de quem pretende algo no campeonato. Vencer em casa é fundamental na matemática das 38 rodadas.
A modulação na tabela, a partir daí, estará nos pontos que serão buscados fora de casa. Sem Carballo, mais uma vez, Renato apostou em uma ideia agressiva. Recuou Bitello e colocou Zinho pelo lado esquerdo. O time cumpriu a ideia do seu técnico. Fez o gol e foi para o intervalo com a vantagem.
Porém, voltou sem Villasanti, atordoado por um choque de cabeça com Kannemann. Darlan entrou em seu lugar. O time perdeu força no meio e gás em todos os setores. O Santos cresceu tanto que ocorreu algo pouco visto neste Grêmio de Renato aconteceu. O Santos teve 66% de posse de bola no segundo tempo. Empurrou o Grêmio contra o seu gol. Foram 19 cruzamentos para a área, infiltrações pelo meio, com os guris Ângelo e Marcos Leonardo, mais Lucas Lima chegando. Quando a barreira gremista na frente da área foi vencida, havia Adriel, um goleiro jovem com segurança de veterano.
Mesmo com um jogador a menos nos últimos minutos, o Santos acossou o Grêmio até o final. Renato fechou o domingo chuvoso em Caxias com uma boa vitória e pontos a serem ressaltados. Thomás Luciano entrou bem na lateral. Nathan tem bola para ganhar lugar no time. Há um longo caminho pela frente. Mas era preciso dar esse primeiro passo. E ele foi dado, no modo Kannemann.