Um movimento começa a se criar como uma onda no Beira-Rio. Mesmo ainda faltando oito meses para o final do contrato de Vitão, os colorados já buscam informações e se mobilizam pela permanência do jogador no Inter.
Bastaram 31 jogos nesta volta ao Brasil para o zagueiro fazer sua sobriedade em campo brilhar. Trata-se de um cheque ao portador, pela idade 22 anos, pelo currículo, com três temporadas no Shakhtar e oito jogos na Liga dos Campeões, e, claro, pela regularidade das suas atuações.
Vitão só voltou ao Brasil porque a guerra estourou na Ucrânia. Levado pelo Shakhtar aos 19 anos, naquele projeto do clube de finalizar a lapidação de talentos brasileiros por lá e moldá-los ao seu jogo, o zagueiro já figurava como titular na temporada 2020/2021. Inclusive, era o titula da defesa quando o Shakhtar bateu o Real Madrid duas vezes na Liga dos Campeões, no final de 2020. Isso com apenas 20 anos.
O Inter teve o grande mérito de monitorar Vitão e ser rápido para trazê-lo quando a Fifa suspendeu os contratos dos estrangeiros com os clubes ucranianos. Apostou em trazê-lo em março, mesmo sabendo que o contrato, inicialmente, seria de três meses. Como o conflito seguiu, a Fifa autorizou, em junho, prorrogação por mais um ano. O Shakhtar busca uma indenização da Fifa e da Uefa pela decisão de autorizar os jogadores estrangeiros a deixarem o clube.
Neste novo empréstimo ao Inter, há um valor fixado para ficar com ele em definitivo: US$ 4 milhões, aproximadamente. Na cotação de hoje, R$ 20,3 milhões. O que, convenhamos, para um jogador de 22 anos, com histórico de seleções de base e três anos de Europa, é investimento garantido.