
Nem Felipão, muito menos Renato. O Grêmio adotou uma saída que lhe garante, pelo menos, tempo. Thiago Gomes será o técnico em um primeiro momento. Assume sem prazo para deixar de ser interino. Se conseguir encaixar o time e fazê-lo jogar em bom nível outra vez, segue. Caso contrário, a direção espera ali na frente contar com mais alternativas no mercado capazes de tirá-lo dessa situação, caso Gomes não tenha conseguido.
A segunda-feira do Grêmio foi de debates, discussões e nenhum consenso. Havia uma ala que defendia Felipão. Porém, ficaram arestas entre ele e o presidente Romildo Bolzan Júnior na saída de em 2015. Um outro setor do clube via como nova solução Renato, um nome que saiu há três meses por não ter encontrado soluções para o time. Porém, sua volta exigiria uma manobra de harmonização grande no Conselho de Administração.
O resumo dessa escolha temporária por Thiago Gomes mostra o quanto o Grêmio está sem rumo em sua política de futebol. Há urgência em sair dessa espiral negativa e começar a somar pontos no Brasileirão. Porém, o clube parece sem saber para onde correr.
Com a ascensão de Thiago, ao menos, o clube coloca no vestiário um técnico com trânsito e boa relação com as lideranças do grupo. Na passagem de alguns jogos entre Renato e Tiago Nunes, Thiago criou uma boa sintonia com nomes como Pedro Geromel e Rafinha.
Alguns jogadores, inclusive, teriam esboçado um pedido à direção para a efetivação dele. Porém, quando sinalizaram com isso, Tiago Nunes já havia sido contratado.
A aposta em Thiago ganha força por essa relação com o grupo, já que todos os garotos passaram por ele no time de transição, e também porque ele conhece como poucos o ambiente na Arena. Em um momento em que há extrema sensibilidade nos setores do clube, isso vale ouro.