A crise financeira aguda do Santos respingou forte no Inter. No final do ano, o clube gaúcho negociou a venda dos 50% dos direitos que detinha de Eduardo Sasha. Ficou acertado que o Santos pagaria 2 milhões de euros em 24 parcelas. Só que estamos entrando na última semana de julho e nenhum centavo pingou na conta.
O Inter já não descarta seguir o caminho de outros clubes e buscar na Fifa o pagamento dos atrasados. O Santos já está impedido de contratar por uma ação do Hamburgo, da Alemanha, na Fifa, referente à transação envolvendo o zagueiro Cleber Reis, em 2017. A dívida, com juros, estaria em 4,5 milhões de euros.
Os paulistas ainda devem para o Huachipato, pela compra de Soteldo, Atlético Nacional, pela aquisição do zagueiro Felipe Aguilar, e ao Krasnodar, pela vinda de Cueva. Esse negócio é a amostra mais clara de como o Santos conduziu mal sua vida. Acertou a vinda do peruano por R$ 27 milhões, mais do que havia recebido pela venda de Bruno Henrique ao Flamengo, cerca de R$ 25 milhões.
Cueva era, no ano passado, o maior salário do clube, R$ 600 mil mensais, mas estava fora dos planos de Jorge Sampaoli. Ao todo, fez 16 jogos e não marcou um gol sequer. Em fevereiro deste ano, ele recorreu à Fifa para deixar a Vila Belmiro e obteve permissão para jogar no Pachuca, até que o processo tivesse uma decisão definitiva. O Santos recorreu e cobrou dos mexicanos 100 milhões de euros, o valor da multa para clubes do Exterior.
Recentemente, o Pachuca anunciou corte de gastos e que não renovaria o vínculo de Cueva. Em resumo, será nesta fila que o Inter precisará entrar para receber seu valor por Sasha, que entrou na Justiça para ganhar liberação e deve, em poucos dias, acertar-se com um novo clube.