
O ex-presidente Vitorio Piffero foi ácido em sua defesa da denúncia produzida pela Comissão Especial do Conselho Deliberativo que investigou 15 fatos de sua gestão, sendo que seis deles foram enquadrados como gestão irregular e temerária, conforme a Lei do Profut. Na sua defesa, Piffero acusa a Comissão de elaborar um documento "néscio, vil e covarde direcionado mentecaptamente para assassinar reputações pela mídia". O conteúdo da defesa é considerado por conselheiros como manobra para ganhar tempo.
A defesa de Piffero e dos ex-vices Pedro Affatato, finanças, Emídio Marques, patrimônio, e Alexandre Limeira, administração, foi anexada à convocação enviada aos conselheiros, na noite desta quinta-feira (11), para a sessão extraordinária que votará a denúncia da Comissão Especial que investigou a gestão 2015/2016. Os quatro ex-dirigentes foram apontados como responsáveis por atos que configuram gestão temerária ou irregular, conforme previsto na Lei do Profut.
Piffero solicitou em sua defesa cópias de todos os documentos solicitados pela Comissão Especial e acessos a relatórios de auditorias contratadas pelo Conselho Fiscal nos anos 2015, 2016 e 2017, assim como cópias dos protocolos do Conselho Fiscal e da presidência no que diz respeito a relatórios de auditorias nos anos 2015/2016. O ex-presidente exige 15 dias para analisar esses documentos.
A lista de requerimento de Piffero contém ainda uma hora de defesa oral (estão previstos 10 minutos para cada um dos quatro denunciados) e o depoimento de até 10 testemunhas. Por fim, ele pede que a sessão do dia 24 seja aberta a sócios e imprensa e seja transmitida ao vivo pela rádio e pela TV do Inter, essa restrita às redes sociais.
O ex-presidente encerra sua defesa justificando os requerimentos por ter sofrido "18 meses de injúrias, calúnia e difamação" contra a sua gestão, pautadas por vazamentos à imprensa.
Abaixo, confira os documentos com as manifestações de Vitorio Piffero, Pedro Affatato, Emídio Marques e Alexandre Limeira.