Ficou um gosto bem amargo ao final do 1 a 1 com o Defensor, na arrancada do Grêmio em busca do tetra da América. E também uma preocupação: o Grêmio deste começo de 2018 está muito aquém daquele campeão da América. Mesmo que sejam apenas cinco jogos na temporada, alguns sinais foram dados neste dois jogos pelo Gauchão, na decisão com o Independiente e em Montevidéu.
O primeiro é que há desajustes na mecânica da equipe. Arthur faz muita falta, tira do Grêmio a velocidade no passe, a bola trabalhada com melhor agilidade e de forma vertical. E tanbém a virada de jogo rápida para aproveitar o espaço deixado pelo balanço do adversário fechado.
Outro alerta é para a bola aérea, um problema que, no passado, foi o tormento da equipe. O Grêmio, com as mudanças no time, perdeu a sincronia da marcação.
Os adversários conseguem cabecear com alguma frequência na área da melhor dupla de zaga da América – e não é por isso que eles perderão esse posto, porque a marcação é processo coletivo. O gol de Maulella, por exemplo, veio depois de seu movimento por trás da linha de marcação, e Alisson ficou apenas observando.
O Grêmio patinou na estreia. O Defensor, apesar do empenho, e limitado, um time, no máximo, esforçado. Nada que abale a classificação gremista à próxima fase. Mas o jogo mostrou para Renato que há um bocado de caminho a ser percorrido até recuperar o nível de 2017.