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Foi de arrepiar. Quem presenciou as 36.330 pessoas torcendo no estádio Beira-Rio no último domingo (18), para assistir Inter x Corinthians, teve uma experiência de encher os olhos e o coração. E digo isto para além da vivência de torcedor ou torcedora de um clube de futebol, mas como um dia para entrar na história do nosso Estado e do nosso país. O Rio Grande do Sul, em plena Semana Farroupilha, registrou o maior público de uma partida de futebol feminino no Brasil.
Nunca antes, caro leitor, cara leitora, tanta gente havia se deslocado a uma arena de futebol para assistir a um jogo de mulheres, entre clubes, no Brasil.
O dado, incontestável, mostra que a modalidade veio pra ficar, tem público e gera audiência. E mais: produziu cenas que traduzem uma sociedade que avança na busca por direitos iguais para todos e todas. Eram muitas mulheres no estádio. Muitas. Crianças, eu nunca vi tantas numa partida. Bebês de colo. Um domingo, de fato, para servir de modelo a toda terra, como diz o hino do nosso Estado.
A comentarista Ana Thais Matos, da TV Globo e do SporTV, narrou em suas redes sociais a emoção de assistir à partida e exaltou o público recorde presente em uma partida de futebol feminino:
"As pessoas não entendem o quão importante é ter gente interessada em assistir futebol feminino num estádio. Não importa se o ingresso custa 1 real, 100 reais ou de graça. As pessoas que pensam que de graça é fácil, precisam entender que o interesse na modalidade é o que está em questão", explicou.
É absolutamente importante, de fato. E significativo. A rainha Marta, eleita a melhor jogadora do mundo seis vezes, assistiu à partida. O rei Pelé disse que foi lindo e emocionante.
"Hoje, o @scinternacional e o @corinthians protagonizaram um espetáculo em campo, com público recorde do futebol feminino brasileiro. Ver as mulheres sendo ovacionadas é lindo, merecido e emocionante. Parabéns a todos! E na partida da semana que vem, será que teremos mais um recorde?", destacou, projetando a partida da final marcada para o próximo sábado (24), em São Paulo.
E essa pergunta precisa ser respondida com um sim. Esta aí um recorde que deve ser quebrado, esperamos que em muitas vezes. E, toda a vez em que isso acontecer, somos nós, mulheres e homens, que sairemos vencedores.