O prefeito Sebastião Melo retornou a Porto Alegre na noite desta terça-feira (19), depois de ouvir gestores de cidades em que o serviço de água e saneamento foi concedido à iniciativa privada. Uma delas foi Niterói, no Rio de Janeiro — ele também visitou municípios paulistas.
Melo sabe que o tema é polêmico e gera um desgaste político intenso, mas está disposto a entender, sem preconceito ideológico, se esse é o melhor caminho para a capital gaúcha.
— O mais importante é ter um serviço que funcione para a população de Porto Alegre — explicou o prefeito à coluna, na viagem de retorno à Capital.
Na visão do prefeito, há dois aspectos principais que justificam a discussão. Primeiro, a necessidade de expandir a rede a fim de garantir que não ocorram problemas de abastecimento de água em nenhuma região, principalmente considerando os que existem hoje nas zonas mais afastadas. Quem vive na cidade sabe que este é um drama recorrente dos moradores de determinados bairros.
Além disso, há um outro aspecto, que é o de regularizar e garantir abastecimento (água/esgoto) nas vilas da Capital. Esse também é um problema que se arrasta há décadas, com ligações irregulares e mesmo casas onde não há sequer água encanada ou esgoto tratado.
No Rio de Janeiro, Melo acompanhou como a prefeitura de Niterói tem feito para solucionar o impasse, já que por lá as comunidades concentram parte expressiva da população. A tarifa social na região fica em torno de R$ 20.
A viagem de Melo, informada aqui em GZH pela coluna de Rosane de Oliveira, não é o fim de uma discussão. Ao contrário: dá início a um caminho que pode ser longo e nada fácil caso o prefeito entenda que esta é a melhor solução.