A aprovação absolutamente tranquila da recondução de Augusto Aras para o comando da PGR (Procuradoria-Geral da República) fala muito sobre a política no Brasil.
Com uma jogada de mestre, Aras capitaneou o discurso mais amado pelo establishment: atacar a criminalização da política, asfixiando, aos poucos, a Operação Lava-Jato e suas ramificações.
Na sabatina desta terça-feira (24), deixou claro de que lado estava e não à toa agradou gregos e troianos.
— O modelo das forças-tarefas com pessoalização culminou em uma série de irregularidades que vieram a público, tais como os episódios revelados na Vaza Jato — explicou.
O discurso anti-Lava-Jato serve a Lula, a Renan Calheiros, a Eduardo Cunha e ao próprio presidente Jair Bolsonaro.
O silêncio de todos fala por si só. E esconde um sorriso aliviado para os próximos dois anos.