A declaração do presidente da República, Jair Bolsonaro, a respeito da não obrigatoriedade de imunização contra o novo coronavírus gerou discussões no país e uma preocupação sobre possível onda antivacinação.
Na terça-feira (1), o tema fez acender o alerta após uma postagem da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República, que trazia a declaração do presidente Jair Bolsonaro de que "ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina".
A Rádio Gaúcha questionou o médico Drauzio Varella sobre o tema, em entrevista nesta quarta-feira (2).
Para Drauzio Varella, não há sentido ser contra a vacina e nem deve haver preocupação quanto à obrigatoriedade de imunização. A coluna observa que o presidente não se declarou contrrário à vacinação em si, mas se posicionou claramente contra a obrigatoriedade.
- Sempre houve liberdade. Nunca vi alguém sair vacinando as pessoas à força. A posição do governo federal não dá pra entender. Como você pode ser contra (a vacina)? Qual a lógica? - opinou.
O médico também avaliou o comportamento dos brasileiros nas últimas semanas e a sensação falsa de que a "epidemia acabou".
- Cenas de praia lotada, bares, pancadões na periferia, de festa em apartamentos, com dezenas de pessoas, isso é uma irresponsabilidade social que estamos pagando o preço. A epidemia brasileira não acaba e não vai acabar em fevereiro - disse.