O ex-ministro e candidato à Presidência em 2018 Ciro Gomes conversou com o programa Timeline, da Rádio Gaúcha, na manhã desta terça-feira (2). Ele disparou críticas a forma como presidente da República, Jair Bolsonaro, tem conduzido o país em meio à pandemia do novo coronavírus, mas se posicionou contrário a manifestações contra o governo nas ruas enquanto o país registra milhares de mortos pela covid-19. Para Ciro, é preciso ter "paciência" e aguardar o pior momento passar. Ele ressaltou a necessidade de "respeito à vida".
Ouça a entrevista:
- Você vê aquele grupo de malucos, imitando os nazistas com tochas, se chamam de 300 e não tinha 30, na porta do STF. Um bando de tresloucados. Isso aí vai radicalizando, evidentemente. Mas nós não precisamos enfrentá-los nesse momento nas ruas. Porque nós temos outra moral, outra ética. A nossa ética é proteger a vida. Tenham um pouquinho de paciência. Vamos aguardar passar o pico da pandemia. Vamos para a internet, vamos telefonar para os amigos, para os parentes, fazer o que tiver que ser feito protegendo a vida - ponderou.
O ex-ministro fazia referência ao grupo auto-denominado 300, liderado pela ativista Sara Winter, e classificou os manifestantes como "tresloucados".
Ciro ponderou que o atual momento não é adequado para estar nas ruas, mas frisou que estará à frente dos movimentos quando a pandemia passar. O ex-ministro, que também criticou o ex-presidente Lula - "não está bem", "chega a dar dó" e "acha que é um semi-Deus " - entende que ainda não há clima favorável no Congresso para um eventual afastamento do presidente da República.
- Enquanto Bolsonaro tiver um terço do apoio, sem chance de o impeachment prosperar - completou.