O jornalista Carlos Redel colabora com a colunista Juliana Bublitz, titular deste espaço.
Um cientista da computação, ao usar uma inteligência artificial para escrever sua autobiografia, acaba prevendo sua própria morte. Esta é a sinopse de M.U.S.A. — que também é o nome da IA —, longa-metragem que está sendo gravado, neste momento, em Porto Alegre e em Canoas.
O diretor e co-roteirista porto-alegrense Alex Domingues pretende, com a sua produção, mergulhar nas complexidades da interação entre seres humanos e a tecnologia, além de desafiar as fronteiras do livre-arbítrio:
— É o meu primeiro longa. Graças a uma equipe incrível e aos apoiadores que temos, um projeto ambicioso como esse pode sair do papel. Nessa obra, há temas que também persigo em meus outros filmes: o processo criativo de artistas, a loucura como evasão, o limiar da razão, o controle do criador e a vida própria da criatura, eis a M.U.S.A.
As gravações devem se estender até o próximo dia 28 e o elenco do filme conta com Renata de Lélis (A Nuvem Rosa), Bruno Krieger (Contos do Amanhã), Andressa Matos (A Colmeia) e Marcos Verza (Valsa para Bruno Stein) além de uma participação especial de Carlinhos Carneiro, do Bidê ou Balde.
A produção executiva da obra é de Guilherme Suman (Bochincho – O Filme), que detalha que o longa-metragem conta com uma equipe de mais de 50 pessoas envolvidas e antecipa que M.U.S.A. deve ser lançado ainda em 2025.
— M.U.S.A. é um filme viabilizado pela lei Paulo Gustavo de Canoas. Com incentivos culturais, o setor audiovisual gaúcho se projeta cada vez mais, mostrando sua força. Fazer cinema é um desafio contra as circunstâncias. Teimamos como nossos pares, especialmente em uma época mais otimista nesta esteira de um primeiro Oscar para o Brasil, atraindo atenções para o que criamos aqui — reforça Suman.