Depois de espalhar a "terapia do riso" para mais de um milhão de pessoas desde 2006, a ONG Doutorzinhos precisa de ajuda para manter os o trabalho. Sem patrocinadores para 2025, a iniciativa tem recursos para dar seguimento ao projeto como está apenas até março.
Mesmo que o trabalho dos "doutores" seja voluntário, a organização tem custos fixos com compra de material, cursos de formação e aperfeiçoamento, psicólogos, pesquisas e outras despesas administrativas. Para manter esta estrutura, é preciso ter uma garantia de recursos e, por isso, os patrocinadores via Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet) são fundamentais, explica Mauricio Bagarollo, fundador e coordenador da ONG, ou Dr. Zinho.
— Claro que valores menores são bem-vindos, mas eles não fazem com que o projeto consiga ser executado de forma completa — afirma.
Pela primeira vez desde 2015, quando a ONG passou a buscar financiamento por meio de projetos governamentais, os doutorzinhos estão começando o ano sem patrocinador. Como define a voluntária Kelly Streb, a situação é "assustadora".
— Eu e minha dupla tínhamos uma pequena dificuldade com crianças, aí a trabalhamos isso em encontros de duplas e a atuação foi se tornando bem orgânica. Temos que tomar muito cuidado com a sensibilidade dentro do hospital — exemplifica Kelly, mais conhecida como Dra. Keka Funé, sobre a importância dos encontros de formação continuada.
Interessados em patrocinar a ONG podem entrar em contato pelo e-mail contato@doutorzinhos.org.br. A instituição dispõe de tipos diferentes de cotas, dependendo do valor enviado, com benefícios para as empresas.
Como funciona a Lei Federal de Incentivo à Cultura
Criada por Sergio Paulo Rouanet, secretário da Cultura de Collor, a lei foi sancionada em 23 de dezembro de 1991. O formato de patrocínio do programa é de mecenato.
Inicialmente os autores (pessoas físicas ou empresas) submetem seus projetos ao Ministério da Cultura, que são avaliados pelo órgão e, caso sigam os requisitos, podem ser aprovados. Com isso, os é possível procurar empresas ou pessoas interessadas em apoiar financeiramente aquela iniciativa — que é o que os Doutorzinhos estão buscando.
Os apoiadores podem deduzir de seu Imposto de Renda (IR) uma parte ou 100% do valor investido.
Existem também, em estados e municípios, mecanismos semelhantes que surgiram posteriormente.