É mais do que um símbolo gastronômico da Serra gaúcha, é uma receita de afeto, que passa de geração em geração e que, desde 2022, se tornou a estrela de uma grande festa comunitária. A partir da próxima sexta-feira, as “nonas” e os “nonos” de Garibaldi serão os protagonistas da segunda edição do Festival do Grostoli.
Dessa vez, serão três dias de evento, em frente à Igreja São Pedro, no centro do município. Até domingo, integrantes de 14 comunidades estarão no local, preparando a iguaria típica (veja as fotos) para moradores e visitantes.
Haverá, também, nove operações de comida e bebida - além de grostoli embalado para levar, polenta mole, cafés, vinhos, espumantes e cervejas artesanais da região.
Em 2022, a estreia reuniu mais de 22 mil pessoas em dois dias, com 350 mil grostolis consumidos e 1.050 garrafas de vinhos e espumantes comercializadas. A expectativa, neste ano, é ultrapassar essas marcas.
— Para nós, o festival é motivo de grande orgulho, porque tem o sabor da nossa infância e é uma festa para as famílias — resume o prefeito Sérgio Chesini, “viciado” em grostoli desde menino.
A iguaria
Grostoli ou cueca virada? As duas denominações estão certas (e ainda há outras), dependendo de onde você estiver - em geral, nas áreas de colonização italiana, os moradores usam o termo grostoli e, nas de colonização alemão, cueca ou calça virada.
Seja qual for o nome, a iguaria lembra uma massa de pão frita, passada no açúcar, mas pode até ser salgada e levar outros ingredientes. Em Garibaldi, o pacote com 10 unidades será vendido a R$ 15. Além da receita tradicional, haverá exemplares com raspas de limão, de laranja e com especiarias.