Se alguém aí supõe que Expointer não é “lugar de artistas”, está enganado. Em uma das esquinas do Pavilhão Internacional, brilha a Estância da Arte, com obras do uruguaio Alejandro Arnutti.
Nascido em Artigas, Arnutti viveu a infância no interior de Uruguaiana, na lida campeira. Começou a desenhar o que via ainda menino, e a paixão virou profissão. Há 18 anos, o pintor e escultor se dedica a traduzir a paisagem e o cotidiano dos gaúchos na região fronteiriça.
— A temática que mais me inspira é a nativista, porque fala da minha própria história. Já trabalhei com gado e ovelha e conheço bem a vida no campo — conta Arnutti.
Com textos de Luiz Coronel e curadoria de Marciano Schmitz, a mostra tem 27 pinturas, cinco esculturas e três pranchas táteis (para tornar a arte acessível a pessoas com deficiência). Vale a visita.