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Após receber queixas sobre os valores dos futuros pedágios, o governo do Estado avalia diminuir a quantidade de obras para baratear a tarifa. Outra possibilidade discutida é a possibilidade de prorrogar o prazo de obras previstas.
— Aumentar o prazo também pode ser uma alternativa para algumas obras, mas isso precisa ser bem debatido com a comunidade, porque precisamos melhorar a infraestrutura urgentemente para dar mais capacidade para as regiões se desenvolverem — avalia o secretário estadual da Reconstrução, Pedro Capeluppi.
Uma terceira hipótese também é analisada: a possibilidade do governo aumentar a quantidade de dinheiro público na concessão. Mas essa proposta é mais difícil de ser implementada, dadas as limitações de utilização dos recursos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs).
O que já foi decidido é que a consulta pública, que está ouvindo as comunidades, será prorrogada. O período de recebimento de sugestões se encerraria em 21 de fevereiro.
A concessão de 415 quilômetros de sete rodovias - RS-128, RS-129, RS-130, RS-135, RS-324, RS-453 e BR-470 - prevê 24 pórticos de free flow. As tarifas variam de R$ 2,08 a R$ 5,66 a cada 20 quilômetros.
Proposta inicial
O contrato prevê investimento de R$ 6,7 bilhões ao longo de 30 anos. Desse total, R$ 1,3 bilhão será aportado pelo governo gaúcho a fim de reduzir a tarifa de pedágio e agilizar as obras previstas.
A concessão prevê a duplicação de 244 quilômetros e a implementação de 103 quilômetros de terceiras faixas. Nos dez primeiros anos da concessão, serão investidos R$ 4,5 bilhões. Atualmente, as rodovias administradas pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) são todas em pistas simples.
Os primeiros 12 meses da concessão preveem o atendimento de socorro mecânico e médico, monitoramento por câmeras e bases de atendimento aos usuários. As obras de duplicação começam no segundo ano e as entregas, escalonadas, devem ocorrer já a partir do ano seguinte.
Tentativa em 2022
O leilão chegou a ser marcado em 2022 pelo governo do Estado. Porém, a disputa foi desmarcada. Empresas interessadas em participar do leilão pediram o adiamento.