A onda de calor que atinge o Rio Grande do Sul tem trazido desconforto para os usuários da Trensurb. Parte dos trens, construídos na década de 80, não dispõe de sistema de refrigeração.
Com temperaturas que se aproximam dos 40ºC, as viagens pelo meio de transporte entre o Vale do Sinos e a capital gaúcha têm se transformado em uma desagradável experiência. Nesta quarta-feira (5), a repórter Lisielle Zanchettin flagrou apenas um trem novo - em operação desde 2014 - com ar-condicionado. O acompanhamento foi feito entre 7h30 e 7h50 e entre 8h15 e 8h30.
A Trensurb informa que 12 trens estão em operação nesta terça-feira - seis novos e seis antigos. Segundo a empresa, haverá aumento na quantidade de veículos novos em operação.
— A frota com ar-condicionado é de 15 trens; dois estão em manutenção profunda e, hoje, dois em manutenção preventiva e só devem ser liberados amanhã. Ou seja, para realizar a operação, precisamos usar também os trens antigos — justifica o presidente da Trensurb, Nazur Garcia.
Além disso, outros dois veículos com ar-condicionado apresentaram falha técnica nesta quarta-feira. Eles também precisaram ser recolhidos.
Ampliação da oferta
Para tentar amenizar o problema, a Trensurb avalia, enfim, implementar ar-condicionado nos trens da década de 80. Um estudo será desenvolvido em breve.
— Estamos estudando fazer um protótipo na série antiga, para avaliarmos os custos e desempenho de um trem reformado - projeta Garcia.
Os testes devem iniciar "o quanto antes". Porém, não será possível apresentar a novidade ainda para este verão, dada a complexidade do problema.
— Isso não teria como; o processo é complexo, quase uma reconstrução do trem, ou seja, demora um prazo que ainda não está estimado - conclui o presidente da empresa.
Em 2018, uma parceria com a RGE chegou a ser anunciada para fazer essa implementação. Porém, não houve avanço na negociação.