A Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) definiu a data para avaliar o pedido de reajuste do pedágio da RS-287. O julgamento está previsto para ocorrer às 14h da próxima terça-feira (24).
A tarifa de pedágio proposta pelo grupo Sacyr, quando da realização do leilão, foi de R$ 3,36. Porém, este valor precisa ser corrigido pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A estimativa do governo é que haja um reajuste de até R$ 0,40.
Na mesma reunião, será homologado o contrato de concessão com a concessionária Rota de Santa Maria, do grupo Sacyr. Antes de assumir a administração dos 204,5 quilômetros competentes, a empresa aguarda a publicação do termo de arrolamento de transferência dos bens no Diário Oficial do Estado. Esse documento deve ser assinado na próxima semana.
A tendência é que essa publicação ocorra em 1º de setembro, quando o grupo Sacyr começa a trabalhar diretamente na rodovia. A primeira ação a ser percebida pelo usuário é a redução da tarifa nas praças de Candelária e Venâncio Aires. O valor atual, gerido pela Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR), é de R$ 7,00 nestes locais.
O consórcio deverá investir R$ 2,7 bilhões, sendo R$ 1 bilhão já nos primeiros dez anos, e cumprir o cronograma de obras, incluindo a duplicação. Somente após o décimo-segundo mês de contrato, as demais três praças - em Tabaí (km 47), em Paraíso do Sul (km 168) e em Santa Maria (km 214) - começarão a funcionar. Esse prazo até pode ser antecipado. Mas a concessionária precisará antecipar a conclusão dos trabalhos iniciais.
Socorro médico e mecânico
Já no primeiro mês de concessão, os usuários passarão a contar com atendimento médico e mecânico no trecho entre os quilômetros 66,15, em Venâncio Aires; e 151,75, em Candelária. Nos demais pontos da concessão estes serviços vão iniciar a partir do sexto mês de contrato, junto com o Centro de Controle Operacional.
Reparos emergenciais
Durante o primeiro ano da concessão, o grupo irá realizar obras emergenciais para acabar com buracos e ondulações na pista, falta de sinalização. Já a recuperação completa da rodovia ocorrerá até o quinto ano de contrato.
Quando começa a duplicação
Os trechos urbanos serão duplicados no terceiro e no quarto anos de contrato. Os demais pontos, entre Tabaí e Santa Cruz do Sul, deverão ser duplicados até o sexto ano. De Santa Cruz do Sul a Novos Cabrais, as obras deverão ocorrer até o nono ano de contrato.
Entre o terceiro e quinto anos, a rodovia já terá 7 quilômetros de faixa extra entre Novos Cabrais e Santa Maria. A faixa extra é semelhante à utilizada na RS-040, em Viamão.
Já a duplicação até Santa Maria está prevista para ocorrer entre o décimo nono e vigésimo primeiro ano de contrato. A obra poderá ser antecipada se a média de veículos na rodovia atingir o movimento atual de Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires. Quando isso ocorrer, a duplicação será realizada imediatamente.
Pontes e viadutos serão alargados em até sete anos. Sobre essas obras, a mais importante é a ponte do Rio Taquari. Uma nova estrutura, de quase 600 metros será construída. E a atual passará por revitalização integral.
Câmeras e balanças
Até o fim do segundo ano de concessão, as câmeras de monitoramento estarão em funcionamento. Um ano depois é o prazo máximo para implantação de balanças para fiscalização do peso dos caminhões.