Uma audiência de conciliação para tratar sobre as obras no entorno da Arena do Grêmio será mediada pela Justiça nos próximos dias. O encontro foi agendado pela juíza Nadja Mara Zanella, da 10ª Vara da Fazenda Pública, para 13 de novembro.
A solenidade será realizada no Foro Central. Por causa das medidas de restrição e prevenção ao coronavírus, alguns protocolos serão exigidos às partes envolvidas. A juíza também pediu que o Ministério Público se manifeste sobre um pedido para que a ação fique sob segredo de justiça.
Recentemente, por falta de um acordo, os promotores pediram o cumprimento da sentença de janeiro de 2019 e pediram o bloqueio de R$ 118,52 milhões das contas da OAS e da Arena Porto Alegrense e da alienação de cinco apartamentos construídos ao lado do estádio.
Na audiência, que será realizada em dez dias, é possível que a nova proposta de acordo seja apresentada oficialmente. Nela, todos os entraves anteriores seriam superados.
A OAS assumiria as obras que sempre foram de sua responsabilidade. O Grêmio incluiria todo o seu patrimônio como garantia, caso a construtora não cumprisse a sua parte e que não fosse possível buscar reparação através dos bens da empresa.
Sexta tentativa
Se for oficialmente apresentada, a proposta da OAS e do Grêmio será a sexta tratativa construída desde 2012. As cinco anteriores tiveram desfecho negativo. As obras no entorno da Arena do Grêmio vão completar, em março, seis anos paradas.
Quando forem retomadas, elas devem durar quatro anos e 10 meses. A prefeitura precisará realizar desapropriações nas áreas.
Os trabalhos começariam na rotatória entre as avenidas A.J.Renner, Padre Leopoldo Brentano e rua José Pedro Boéssio e continuariam pelo 1,8 quilômetro da A.J. Renner em direção à rua Dona Teodora, concomitante à limpeza e desassoreamento da rede coletora pluvial. Por fim, seriam feitas as melhorias na Padre Leopoldo Brentano e na José Pedro Boéssio e seriam construídas as últimas contrapartidas: uma nova estação de esgoto e um batalhão da PM. O investimento também seria escalonado, começando com R$ 1,2 milhão no primeiro ano e chegando a R$ 14,5 milhões nos últimos 10 meses.