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O diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) garantiu nesta quarta-feira (12) que as obras da nova ponte do Guaíba estão no ritmo normal. O general do Exército Antônio Leite dos Santos Filho contestou documentos, um deles da própria autarquia, que apontam a paralisação da obra em um trecho de 200 metros entre a Ilha dos Marinheiros e a Ilha do Pavão.
- Eu desconheço esse ofício. Deve ter algum equívoco na informação. Porque não houve paralisação. A obra segue no seu ritmo normal - disse o general em entrevista ao Gaúcha Atualidade.
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Porém, de acordo com os documentos que foram obtidos pela coluna, o primeiro alerta foi dado em 27 de março. A Ecoplan - empresa supervisora da obra alertou a autarquia que a ponte estava 44 centímetros mais baixa do que o estipulado no edital.
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Em 18 de abril, o consórcio Ponte do Guaíba, formado pelas empresas Queiroz Galvão e EGT Engenharia, reconhece a paralisação e apresenta seus argumentos, negando que houvesse erro.
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Em 24 de abril, o Dnit do Rio Grande do Sul comunica o departamento em Brasília sobre as contestações feitas e informando que mandou parar a obra no local.
Em 3 de junho, o Ministério Público Federal (MPF) abriu um procedimento preparatório para investigar o caso. O Dnit tem até sábado (15) para responder os questionamentos.
Na terça-feira (4), a autarquia autorizou o consórcio responsável pela construção da nova ponte do Guaíba a retomar os trabalhos no Canal Furado Grande. Porém, a autarquia ainda não decidiu se o trecho entre as ilhas do Pavão e dos Marinheiros terá ou não que ser corrigido.
A autorização atende pedido das empresas, que protocolaram pedido na semana passada. O consórcio afirma que ainda há serviços a serem feitos mesmo que, no futuro, o Dnit decida por elevar essa parte da ponte. A autorização neste momento evitaria atrasos ainda maiores no cronograma das obras.
Ouça a entrevista do general Santos Filho: