
Agentes do Departamento de Homicídios da Polícia Civil realizaram nesta quinta-feira (20) uma série de prisões de suspeitos que estariam envolvidos numa guerra entre a principal facção criminosa da capital gaúcha e uma dissidência.
Os procurados respondem por meia dúzia de homicídios e tentativas de assassinato, inclusive de inocentes. Mas o detalhe curioso é que os policiais civis aproveitaram a ocasião para homenagear um colega.
A operação se chamou 07 porque esse era número de serviço usado por um dos principais envolvidos na investigação que gerou a ação desta quinta-feira. É o inspetor Luiz Felipe Saraiva de Souza, 47 anos, que morreu semana passada de infarto fulminante.
Foi um choque para colegas da Polícia Civil e até da BM e da Polícia Penal, onde ele tinha bom trânsito. Em investigações de homicídios até que Saraiva não tinha muito tempo, dois anos, mas era veterano na profissão. Só com a equipe do delegado Mário Souza, diretor do departamento, ele trabalhou 13 anos, sobretudo no Departamento Estadual de Investigações do Narcotráfico (Denarc). Esteve também em serviços menos movimentados, dentro do Departamento de Polícia Metropolitana (DPM).
Para marcar a presença espiritual de Saraiva na operação, alguns colegas colocaram o adesivo 07 nos coletes à prova de bala, junto com sua própria identificação.
A mística parece ter dado certo. Foram presas 11 pessoas, entre suspeitos de atuarem como executores dos crimes e mandantes.