Gosta de armas e acredita que a posse delas deve ser facilitada? Assista ao seminário Cidades Contra a Violência, promovido pelo Instituto Cultural Floresta nesta segunda-feira, em Porto Alegre.
Detesta armas e acredita que sua venda deveria ser banida em definitivo? Assista ao seminário que será realizado em Porto Alegre.
O instituto trará à capital gaúcha debatedores para todos os gostos, com uma meta nada simples: discutir como o Brasil pode deixar de ter mais de 60 mil assassinatos por ano, o que é mais que a guerra na Síria. E como pode deixar de ter presídios-depósito, como pode ter polícias mais eficazes e menos suscetíveis à corrupção, o que fazer para diminuir estatísticas estratosféricas de roubos...
Um painel, por exemplo, reunirá os consultores Gustavo Caleffi (especialista em segurança privada, defensor do direito do cidadão portar armas) e Marcos Rolim (estudioso da segurança pública, favorável à restrição às armas). Entre os debatedores estão notáveis como o ex-secretário da Segurança Pública do RJ José Mariano Beltrame (fundador das Unidades de Polícia Pacificadora - UPPs, talvez a mais bem sucedida iniciativa de policiamento comunitário já feita no Brasil). A PM paulista também mandará representante, para falar sobre como São Paulo conseguiu reduzir o número de homicídios nos últimos 15 anos(com ligeiras oscilações), na contramão da maior parte dos Estados brasileiros. Autoridades gaúchas também estarão presentes, como o comandante da BM, o chefe da Polícia Civil e o secretário estadual da Segurança Pública. Até um coronel do Exército norte-americano, que gerenciou prisões no Iraque e estuda criminalidade, estará presente, mais como estudioso do que como professor.
Perguntas calientes não faltarão, óbvio. Mas um resultado já está garantido: é do choque dessas concepções que grandes ideias surgem. Que elas venham em profusão.