A jornalista Carolina Pastl colabora com a colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
A produção de feijão deve “engrossar o caldo” neste ano no Estado. Pelo menos, na primeira safra — se planta e se colhe o grão duas vezes ao longo do ano.
É o que projeta a Emater, com a estimativa de uma colheita de 51,6 mil toneladas, crescimento de 26,8% sobre o mesmo período do ano passado.
Mais do que condições climáticas favoráveis, o assistente técnico em culturas da entidade, Alencar Rugeri, atribui o novo cenário da cultura a um fator mercadológico:
— Há empresas que estão se instalando em regiões produtoras de feijão para embalar, beneficiar o grão. Cria-se uma espécie de garantia de compra.
Razão que é apontada como explicação para o aumento de área previsto pela Emater, depois de anos de perda de espaço para a soja. A instituição estima alta de 4,5%, com 28,9 mil hectares nesta primeira safra.
O feijão também tem sido uma opção, continua Rugeri, para o produtor que quer produzir mais de uma cultura no verão. Como tem um ciclo rápido, é possível cultivar o grão e, em seguida, vir com soja ou milho na mesma área.
Neste momento, o Estado tem lavouras de feijão que estão em fase de plantio e, outras, de colheita.