A jornalista Joana Colussi é colaboradora da colunista Gisele Loeblein, titular deste espaço.
O excesso de chuva no Rio Grande do Sul, que vem prejudicando as lavouras de arroz e de trigo, pode comprometer também a soja — principal cultura agrícola do Estado. Segundo a Emater, dos quase 5,9 milhões de hectares que deverão ser semeados com a oleaginosa nesta safra, 28% foram plantados até agora. No mesmo período do ano passado, o percentual chegava a 46%.
Além do atraso, o mau tempo tem provocado a morte de plantas — devido ao ataque de fungos de solo — e a necessidade de replantio em áreas mais afetadas. Os problemas são visíveis principalmente em municípios do Noroeste.
— Ainda não quantificamos o percentual das áreas afetadas, mas podemos afirmar que boa parte das lavouras semeadas aqui na região terá de ser replantada por conta do excesso de umidade — confirma o agrônomo Gilberto Bortolini, responsável pela área de produção vegetal da Emater em Ijuí, na região Noroeste.
A baixa luminosidade tem impactos também na lenta germinação das plantas. Segundo o técnico da Emater, a expectativa é de melhora do quadro nos próximos dias — quando o tempo seco deverá predominar no Estado.
— Estamos com 15% da área cultivada aqui na região. O ritmo tende a se acelerar a partir de agora, principalmente se o tempo ajudar — considera Bortolini.
Mesmo com as dificuldades ocorridas na largada da semeadura, Luis Fernando Marasca Fucks, presidente da Associação dos Produtores de Soja do Rio Grande do Sul (Aprosoja- RS), avalia que é possível reverter o cenário e garantir boa produtividade da safra.
— O quadro é perfeitamente reversível — confia Fucks.
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