Os negócios da 40ª Expointer poderão ser de menos propostas e tickets médios maiores. Pelo menos essa é a avaliação de fabricantes e bancos. Até esta quinta-feira (31), nenhum balanço oficial sobre os negócios havia sido divulgado.
As projeções se dividem entre os que apostam na manutenção do volume de 2016 – R$ 1,9 bilhão – e os que projetam crescimento. Para o gerente de mercado agronegócios do Banco do Brasil (BB), João Paulo Comerlato, as vendas deverão ficar no mesmo patamar do ano passado, quando somaram R$ 520 milhões.
– Tem alguns perfis que estão investindo, sim. Muitas propostas não estão sendo feitas nas feira. A revenda está aqui, mas o produtor, na cidade – afirma Comerlato.
Até ontem, o BB havia negociado igual quantia em relação à 39ª edição. Mais otimista, Claudio Bier,presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Equipamentos Agrícolas do Estado (Simers) ainda trabalha com a perspectiva de crescimento de 10%:
– Esse número não saiu da minha cabeça. É com base no que as empresas têm nos relatado.
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Grandes players do mercado vão no mesmo tom. A Massey Ferguson, por exemplo, projeta para essa Expointer avanço entre 10% e 15%, mesmo patamar do ano. Rodrigo Junqueira, diretor de vendas da marca, diz que a margem do produtor está menor, mas ainda é positiva. No acumulado do primeiro semestre, o crescimento é de 17%. Para o executivo, a desvalorização das commodities atrapalha, mas há fatores positivos, como a redução de juro e o clima.
– O planejamento terá de ser um pouco mais elaborado. Mas o que estamos vendo até agora, nos deixa tranquilos – completa Junqueira.
Sem revelar percentuais, Tangleder Lambrecht, gerente divisional de vendas da John Deere, também aposta em um ano positivo, a partir do indicativo do primeiro semestre, que foi "muito positivo":
– O agricultor não está vindo pelo preço, mas sim, para ver qual máquina se encaixa nas suas necessidades.
Mais ousada, a Case IH prevê alta de 30% na feira. O número, no entanto, é menor do que o aumento projetado em 2016.
Segundo César Di Luca, diretor comercial da marca, porque há uma postura de cautela dos produtores que visitam o parque Assis Brasil, em Esteio. Como as vendas costumam vir em uma crescente a partir de quarta-feira, a definição do tamanho dos negócios ficará mesmo para o final.