De modo geral, as baixas temperaturas são benéficas à produção. Culturas como trigo e uva são favorecidas. Nos parreirais, são necessárias horas de frio para o bom desenvolvimento da fruta.
– Falar de frio em julho é o mesmo que falor de calor no verão. Anormais foram os 15 dias de temperaturas altas que condicionaram muitas espécies a entrarem em floração – afirma Enio Ângelo Todeschini, assistente regional de fruticultura da Emater.
A esta altura do ano, acrescenta o técnico, já deveriam ter sido acumuladas 300 horas de frio, mas foram apenas cem horas. Ele diz que a geada registrada nesta quarta-feira (19) atingiu pontualmente parreirais e pessegais.
Na produção de leite, o frio traz efeitos negativos, porque afeta as pastagens perenes de verão, que fazem parte da dieta dos bovinos.
– Com a geada, elas se acabam. Ficam indisponíveis para o gado – diz Carlos Roberto Vieira da Cunha, assistente técnico regional da Emater.
As consequências são maiores para produtores que não têm cobertura de inverno de forma proporcional.
Nos hortigranjeiros, as baixas temperaturas também podem causar estragos. No caso do brócolis (foto abaixo) e da couve-flor, não há desenvolvimento pleno. Os impactos nos preços deverão ser sentidos a partir da próxima semana.