Às vésperas do início da colheita do arroz, manter preços que garantam rentabilidade, ampliar recursos para pré-custeio e não perder produtividade em razão da chuva no final de cultivo são desafios.
– Há 70 dias, nossa preocupação era com a comercialização do próximo ano. Agora, estamos um pouco mais confortáveis, com expectativa de dólar superior a R$ 3,30, o que traz competitividade e reduz a concorrência da importação – detalha Henrique Dornelles, presidente da Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz).
A questão cambial, aliada a estoques mais baixos no Mercosul – especialmente da Argentina, castigada por chuvas torrenciais –, traz uma perspectiva positiva. Mas o excesso de umidade também preocupa por aqui.
A produção pode chegar a até 8,4 milhões de toneladas, segundo o Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), mas ainda depende do clima.
Para não ter prejuízos como em 2016, com perdas de 16%, a Federarroz busca assegurar linhas de pré-custeio e capital de giro.
– Estamos trabalhando para garantir aporte maior, já que os recursos disponíveis por Financiamento para Estocagem de Produtos Agropecuários e Financiamento para Garantia de Preço ao Produtor são remanescentes da safra anterior – diz Dornelles.
Após a Caixa Econômica Federal anunciar R$ 6 bilhões para custeio antecipado da safra 2017/2018, é aguardado o anúncio oficial do Banco do Brasil na abertura oficial da colheita do arroz, entre 16 e 18 de fevereiro, na Estação Experimental do Irga, em Cachoeirinha.