
Um alimento dobrou de preço no último ano para os consumidores de Porto Alegre, o que é raro e talvez inédito na pesquisa do Dieese que a coluna acompanha todos os meses há muitos anos. Não é surpresa: foi o café. Nem mesmo hortigranjeiros que costumam ter forte oscilação, como tomate e batata, trazem aumentos assim.
Pela última pesquisa, o valor médio aumentou 101,44% em 12 meses. No mesmo período, a cesta básica com seus 13 itens teve elevação de 1,83%, abaixo até da inflação geral, que tem girado em torno dos 4%.
Pressionado pelas queimadas no Brasil e pela perda de safra com a seca em países produtores como o Vietnã, o café não dá trégua. Só em março, a alta foi de 8,55% aqui, mas ele tem subido em todas as capitais.
Na melhor das hipóteses atuais, o preço pode dar um alívio em setembro, quando começa a se ter uma ideia de como será será a próxima safra. Por enquanto, a previsão para ela é boa.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)
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