
Salvo exceções, a avaliação geral é de que a guerra comercial de Donald Trump não dará certo. Tecnicamente e a partir da análise de modelos econômicos, o tarifaço, mesmo que queira fortalecer a economia interna dos Estados Unidos, provocará inflação, alta de juro e recessão. Enquanto quer enfraquecer a China, aparentemente vai fortalecê-la.
Mas dois sinais "desenham" que a coisa não está indo bem. Um deles é o revés com Elon Musk, empresário que era o grande apoiador de Trump e, aparentemente, com um "estilo parecido". Musk pediu a Trump para recuar na tarifação ampla. Aparentemente, foi ignorado.
Publicamente, Musk chegou a chamar um assessor comercial do presidente dos Estados Unidos de "completo imbecil" e "retardado" nas redes sociais. O bilionário havia sido chamado pelo secretário do Departamento de Eficiência Governamental, Peter Navarro, de "montador de carro".
E o iPhone? O norte-americano sentirá a inflação no emblemático celular da Apple. O aparelho é fabricado na Ásia e será "super" taxado para entrar nos Estados Unidos. Filas se formaram nas lojas para comprar o aparelho ainda com o preço não reajustado. Quanto vai aumentar? Não se sabe, pois as retaliações não param e, a cada dia, percentuais maiores são anunciados pelas duas maiores economias do mundo.
Para ter um fôlego à espera que as coisas se resolvam minimamente, a Apple encheu aviões de iPhones para levar aos Estados Unidos. São equipamentos fabricados na Índia e na China. Qual será a tolerância do norte-americano para isso.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Diogo Duarte (diogo.duarte@zerohora.com.br)
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