Com alta forte no juro brasileiro e redução menos intensa na taxa norte-americana, investimentos em renda fixa passam por um "momento histórico". Além do seu bom nível de segurança, a expectativa é de que sigam dando um bom retorno aos aplicadores em 2025 e , provavelmente, ainda durante parte de 2026.
Entre os profissionais de investimentos, a bola da vez são os títulos públicos e bancários. No Tesouro Direto, quando o investidor "empresta" dinheiro ao governo federal, as taxas de papéis prefixados passaram de 15% e os do IPCA+ superaram 7% de juro mais a inflação, se tornando o "queridinho" até mesmo de fundos de perfil mais arrojado por protegê-los da alta de preços. Já os títulos bancários são, por exemplo, CDBs, Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).
O maior sinal de bom retorno foi dado pelo próprio Banco Central ao avisar que manteria o patamar acelerado de alta da taxa Selic, referência para os juros do crédito e de investimentos. Aliás, esta semana tem nova reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). O investidor deve ficar atento à decisão e ao comunicado que sinaliza o rumo da política monetária.
O cenário até pode mudar ao longo dos meses, mas as taxas elevadas cairiam lentamente. Como 2026 é ano de eleição, é mais difícil que governos adotem cortes de gastos, o que mantém a pressão de alta sobre dólar, inflação e, portanto, sobre o juro.
É assinante mas ainda não recebe a carta semanal exclusiva da Giane Guerra? Clique aqui e se inscreva.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Maria Clara Centeno (maria.centeno@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da coluna