A sensibilidade dos investidores ao risco provocou a queda forte do bitcoin na segunda-feira (27) após a notícia sobre o avanço da plataforma de inteligência artificial generativa DeepSeek, da China. A ferramenta tem se mostrado tão eficiente e mais barata dos que suas concorrentes dos Estados Unidos, como ChatGPT e a Meta AI.
Isso mexeu com mercados globais, especialmente ações de tecnologia. Enquanto os investidores tentam entender o impacto nos negócios, a tendência é sempre uma venda forte e imediata de ativos de risco, nos quais entram as criptomoedas. A mais conhecida, sabemos, é o bitcoin.
Ou seja, não há um reflexo concreto direto. É mais um susto. Tanto que as cotações se recuperaram ontem já, o que não quer dizer que não cairão novamente. Embora o bitcoin tenha entrada na carteira de investimentos de muita gente após ganhar fama, é uma aplicação bem volátil e com fortes oscilações. O investidor precisa ter isso em mente. O fato de operar 24 horas por dia, sem fechamento de mercado, também o deixa mais suscetível a reações imediatas.
Lembrando que o principal fator de influência no bitcoin agora são as políticas prometidas por Donald Trump para as criptomoedas. Desde que ganhou a eleição nos Estados Unidos, as cotações deram um salto de mais de 50%. Trump prometeu transformar o país no principal centro mundial de criptoativos. Na semana passada, até criou o esperado grupo de trabalho para definir políticas para o setor, mas frustrou as expectativas de que já anunciaria a criação de uma reserva nacional da moeda. Ou seja, o mercado de mau humor reagiu pior à incerteza do DeepSeek.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Maria Clara Centeno (maria.centeno@zerohora.com.br)
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