O jornalista Guilherme Jacques colabora com a colunista Giane Guerra, titular deste espaço.
Janeiro é período de férias, época em que muitos ainda estão fazendo os passeios que planejaram (ou não) em 2024. Apesar disso, o primeiro mês do ano pode ser também uma boa oportunidade para organizar outras viagens. Até mesmo as férias de 2026, por que não? Um plano bem elaborado e feito com antecedência é sempre o recomendado, especialmente se o projeto de viajar for mais ambicioso. Como ir para o exterior, por exemplo.
Em tempos de dólar orbitando a casa dos R$ 6 e uma perspectiva de instabilidade cambial – talvez, maior do que o comum –, é ainda mais recomendado seguir o conselho número um dos planejadores financeiros e colocar tudo na ponta do lápis. A começar pelo que, de fato, é o plano. Para onde irá? Quando? Por quantos dias? Que atrações pretende conhecer? Como irá se deslocar? Do que irá se alimentar? E quais lembrancinhas pretende comprar? Não há receita de bolo, mas, sim, uma série de perguntas a serem respondidas.
Quanto mais detalhado for o plano, mais preciso será o orçamento construído. E, de quebra, mais consciente será a tomada de decisão na hora de investir. Para o planejador financeiro certificado pela Associação Brasileira de Planejamento Financeiro (Planejar) Roberto Cazzetta, essa clareza é essencial.
– Se eu quero viajar para a Ásia, por exemplo, tenho que ter em mente que vai ser caro. Como isso vai impactar minhas finanças? Eu tenho que adequar minha viagem ao meu orçamento, preciso ser realista – defende.
Outros pontos também devem ser observados. O primeiro deles é ter uma reserva. Ou seja, acrescentar de 10% a 20% a mais dos gastos previstos para algum tipo de emergência. É a mesma lógica que se usa no cuidado com as finanças pessoais – embora a reserva geral deva ser mais robusta . Usar sites de pesquisa de preços, principalmente de hospedagem e passagens também é importante, bem como se informar e saber se o seu banco ou cartão de crédito não oferece benefícios que possam baratear a viagem.
Com um orçamento definido, é hora de pensar em comprar a moeda necessária – em geral, o dólar, adotado para balizar despesas de forma global. São muitas possibilidades: comprar aos poucos, investir em um fundo cambial ou mesmo arriscar deixar para adquirir a moeda mais perto da viagem.
– A volatilidade é muito grande, o que torna difícil prever, e dizer qual a melhor escolha. Ainda assim, é importante avaliar – frisa Cazzetta.
O que avaliar e as opções
- Comprar a moeda com antecedência é uma forma de proteger o valor.
- Do contrário, o comum é fazê-lo aos poucos, todo o mês ou toda a semana.
- O mais arriscado é deixar para perto da viagem.
- Comprar moeda física é menos indicado por segurança.
- Taxas de câmbio mudam de uma agência para outra. Compare.
- Atenção ao Imposto sobre Operações Financeiras nas transações em dólar.
- Uma conta global é dolarizada e permite compras no débito. O IOF é de 1,1%.
- No cartão de crédito, a conversão é feita diretamente na fatura. O IOF é de 3,38%.
- Fundos cambiais são opção. É uma aplicação que protege de oscilações uma quantia em dólar.
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Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Com Guilherme Jacques (guilherme.jacques@rdgaucha.com.br) e Leia aqui outras notícias da coluna