Incendiar veículos (dentro de posto de combustíveis!), tentar invadir a Polícia Federal e outros atos de vandalismo não têm justificativa. São tristes, de indignar. Isso não é forma de mostrar descontentamento com resultado de eleição, é, sim, terrorismo, é colocar pessoas em risco, é crime. Não importa o lado, se é direito, esquerda ou o que for.
Indigna também ver quem está tentando justificar esses atos, que são injustificáveis. Triste ainda é quem usa a economia como argumento. Quer demonstrar inconformismo? É legítimo, mas o óbvio é não fazê-lo cometendo um crime. Se tem condições de ficar mobilizado por dias em algum lugar da cidade, na frente de instituições, fique, mas sem incendiar ou trancar vias.
Depois, ajuste o foco. A eleição ocorreu, querer mudá-la é ir contra a democracia, algo pelo qual tanto se luta. Talvez seja a hora de refletir porque seu candidato perdeu, já que em quatro anos, tem nova chance.
Enquanto o foco fica em vandalismo, tem muitos assuntos para fiscalizar, como o orçamento, a responsabilidade fiscal, definição de política públicas e retorno de tributos. É provável que os manifestantes nem saibam que perto de onde estão colocando fogo em carros, se discute ICMS de gasolina e energia, além da compensação prometida e não dada pelo atual governo aos Estados, mas sem sinalização ainda do próximo sobre o que fará.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Equipe: Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br) e Guilherme Gonçalves (guilherme.goncalves@zerohora.com.br)
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