O sócio-proprietário Milton Martins entrou com recurso contra a falência da Martau, tradicional marca e indústria de ventiladores e eletroportáteis de Porto Alegre. A quebra foi decretada pela Justiça, após um período em suspenso também por decisão judicial em ação que questionava a rejeição do plano de recuperação judicial na assembleia de credores realizada ainda em 2021.
- Protocolamos os embargos de declaração com pedido de atribuição de efeito suspensivo para que cessem os efeitos da decretação da falência e sejam sanadas as omissões apontadas no julgamento proferido pela 6ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça - explica a advogada Adriana Angelo, que representa Martins.
O sócio procurou a coluna para dizer que vinha conversando com os credores desde a assembleia e defende que a negociação estava encaminhada para a continuidade da operação da empresa. Martins informa que a indústria estava produzindo quando foi lacrada após a falência ter sido decretada.
- No dia 1º de abril, quando da lacração da empresa, a mesma estava operando normalmente, com carteira de pedidos, salários em dia, bem como, sistemistas - diz Martins, que chega a questionar interesse de credores na quebra da Martau.
Advogado de um dos credores, Thiago Diamante enfatizou à coluna na ocasião da decretação da falência que a agilidade no processo ajuda a manter o valor dos ativos, que vão a leilão. O dinheiro é usado para pagar os credores.
As dívidas somam R$ 18 milhões, valor que ainda deve ser atualizado. A empresa tem unidades em Porto Alegre e em Alvorada, onde a operação nem chegou a entrar em funcionamento.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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