Foi decretada pela Justiça a falência da Martau, tradicional marca e indústria de ventiladores e eletroportáteis de Porto Alegre. A quebra estava suspensa também por decisão judicial. A direção da empresa havia recorrido devido à rejeição do plano de recuperação judicial na assembleia de credores realizada ainda em 2021.
Advogado de um dos credores, Thiago Diamante defende que a agilidade no processo ajuda a manter o valor dos ativos. Na falência, eles vão a leilão. O dinheiro é usado para pagar os credores.
- É preciso superar o preconceito com a falência. Um outro empresário pode se interessar em adquirir a marca, o imóvel e empregar um número maior de funcionários. A falência deve ser entendida como solução e não como um problema - disse ele ao procurar a coluna.
A fábrica da Martau em Porto Alegre foi lacrada, o que significa que as chaves foram recolhidas pelo administrador judicial. Cainelli de Almeida Advogados foi a empresa nomeada.
- A falência da Martau decorreu principalmente do respeito à soberania da assembleia geral de credores, garantindo a segurança jurídica para a decisão tomada pelos credores no momento adequado - acrescenta Fábio Cainelli, um dos advogados responsáveis pela administração judicial.
Procurado pela coluna, o sócio-proprietário Milton Martins respondeu por mensagem que irá recorrer da decisão por meio de um embargo. Estava apenas aguardando a decisão ser publicada.
As dívidas somam R$ 18 milhões, valor que ainda deve ser atualizado. A empresa tem unidades em Porto Alegre e em Alvorada, onde a operação nem chegou a entrar em funcionamento.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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