Um canal mais fácil para intercâmbio de inovação entre Rio Grande do Sul e Barcelona. O governo do Estado e a universidade espanhola Ramon Llull assinaram nesta quinta-feira (7) um memorando para troca de conhecimentos e experiências. Foi durante a visita da comitiva governamental ao Barcelona Activa, espaço que reúne os mais diversos serviços a empresas e é mantido pelo poder público. A coluna faz a cobertura da missão pelo Grupo RBS.
- Estamos construindo vários hubs (espaços que integram atividades) de inovação no Rio Grande do Sul financiados e apoiados pelo Estado. Estes hubs vão poder se beneficiar do conhecimento que Barcelona teve em gerar uma economia criativa, inovadora. Isso nos traz possibilidade de conhecimento e possibilidade de implantar políticas similares que Barcelona fez - explica o secretário gaúcho de Inovação, Ciência e Tecnologia, Luís Lamb.
A ideia, segundo o secretário, é usar o conhecimento que Barcelona e a região de Catalunha adquiriram no desenvolvimento econômico através da inovação. Como exemplo, Lamb falou de espaços abertos de inovação:
- Barcelona já criou vários espaços com internet livre, conectada com restaurantes, com negócios. Toda essa expertise será compartilhada com o Rio Grande do Sul. Barcelona é um exemplo mundial de construir espaços abertos de inovação nas cidades, e o Rio Grande do Sul tem a possibilidade formalizada de cooperar com esses grupos que lideraram essa transformação em Barcelona.
Antes da assinatura do memorando, a comitiva gaúcha também visitou o 22@Barcelona, um espaço de empresas de tecnologia e inovação criado nos anos 2000, que começou a ser construído para revitalizar um local com muitas indústrias antigas. Atualmente, 90 mil trabalhadores atuam na região.
Lá, a coluna conversou com o diretor de inovação da Catalunha, Luiz Junca, que explicou que a região começou a apostar com mais força na inovação ainda nos anos de 1990, quando sediou uma edição dos Jogos Olímpicos.
- A cidade de Barcelona, e Catalunha têm uma larga história de ser uma região internacional. Mas o momento que percebemos isso que foi quando sediamos os Jogos Olímpicos, quando a cidade realmente teve todo um contato internacional, e foram feitas reformas que possibilitaram a abertura para o mundo. E com essa restruturação, motivada pelos jogos olímpicos, começou uma era de reconexão com o mundo, de modernização.
Aliás, segundo representantes da região, a Catalunha tem 2% da população da Europa, porém é responsável por 6% da produção científica do continente. E o objetivo disso, agora, é transformar a produção científica em valor econômico, em PIB. Como destaque, também sinalizam que 35 das 50 maiores empresas inovadoras do mundo tem unidade na Catalunha, como a Apple e a Amazon.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
Leia aqui outras notícias da colunista
Experimente um jeito mais prático de se informar: tenha o aplicativo de GZH no seu celular. Com ele, você vai ter acesso rápido a todos os nossos conteúdos sempre que quiser. É simples e super intuitivo, do jeito que você gosta.
Baixe grátis na loja de aplicativos do seu aparelho: App Store para modelos iOS e Google Play para modelos Android.