O primeiro semestre fechou com venda recorde no Brasil de vinhos e espumantes fabricados no Rio Grande do Sul. Tem notícia mais charmosa do que essa? Foram 15,285 milhões de litros de vinho fino, quantidade 41% maior do que no mesmo período do ano passado. Já espumantes do tipo brut somaram 3,770 milhões (+52%) e moscatéis atingiram 2,474 milhões (+43%). Suco de uva também foi bem, com 77,749 milhões de litros comercializados, uma alta de 3,56%.
Os dados oficiais são da União Brasileira de Vitivinicultura (Uvibra), com base no Sistema de Cadastro Vinícola da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural do Rio Grande do Sul. Segundo o presidente da Uvibra, Deunir Argenta, 2020 já tinha sido um ano atípico, com grande crescimento de vendas. A mudança no comportamento dos consumidores foi bem aproveitada pelas vinícolas, lembrando que várias investiram na venda online. E Argenta avisa que o segundo semestre já está começando bem.
- Ainda não temos os números, mas o frio pode ter feito com que julho traga o melhor resultado do ano em vendas de vinho. Já estamos praticamente alcançando o volume de todo o 2019 - disse o empresário ao programa Acerto de Contas (domingo, 6h, na Rádio Gaúcha).
O Rio Grande do Sul responde por cerca de 90% da fabricação nacional de vinhos. Aqui, cerca de 40% dos vinhedos já fica na Campanha Gaúcha, mas a concentração da produção ainda é na Serra.
Antes de finalizar a entrevista, Argenta lembra de uma dificuldade do setor que teve início ainda no ano passado e continua: falta de insumos. Há escassez especialmente de garrafas de vidro. Algumas vinícolas estão com problemas para entregar pedidos já feitos e estão trazendo vasilhames até da Espanha.
- É difícil reaproveitar a garrafa. É preciso evitar que tenha qualquer resíduo ou avaria para não afetar a bebida - explica Deunir Argenta.
Assista aqui à entrevista completa com o presidente da Uvibra:
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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