A Âmbar Energia, do Grupo J&F, comprou a Central Térmica Uruguaiana (CTU), no Rio Grande do Sul. A usina tinha sido vendida há 10 meses pela norte-americana AES para a argentina Saesa Energía, notícia antecipada pela coluna na ocasião. A produção chegou a ser retomada no início do ano, mas estava com dificuldades de operar por falta de gás natural para gerar a energia. Este, inclusive, é um problema que a usina enfrenta desde que inaugurada.
A nova compradora, no entanto, pretende começar a produção em breve. Informa que já há equipes trabalhando no local. A retomada da geração pela CTU agrega 640 megawatts (MW) de capacidade à matriz elétrica brasileira. Já o potencial de geração da Âmbar atinge 1,16 gigawatt (GW).
Além da aquisição da CTU, a Âmbar está realizando outros investimentos em geração de energia, como de fontes solar e eólica. Nos próximos 12 meses, a companhia vai investir R$ 150 milhões na construção de pequenas usinas fotovoltaicas pelo Brasil para atender demandas já contratadas por clientes.
— Esses investimentos fortalecem a posição da Âmbar em seus dois pilares estratégicos na área de geração: energias renováveis e segurança energética originada de fontes menos poluentes — explica o presidente Marcelo Zanatta. Ele argumenta que o gás natural é uma fonte de energia essencial para a transição energética, substituindo combustíveis como o óleo diesel.
Atualmente, a Âmbar opera em todo o ciclo energético, da geração à comercialização. A empresa possui a Usina Termelétrica de Cuiabá, 645 quilômetros de gasodutos, duas linhas de transmissão, uma comercializadora de energia e gás natural e uma empresa de gestão e eficiência energética. O valor pago pela usina de Uruguaiana não foi revelado.
A Âmbar é uma empresa da J&F Investimentos. O grupo empresarial tem no portfólio nada menos do que JBS, PicPay, Banco Original, Eldorado Brasil Celulose, Flora Cosméticos e Limpeza e Canal Rural.
Coluna Giane Guerra (giane.guerra@rdgaucha.com.br)
Colaborou Daniel Giussani (daniel.giussani@zerohora.com.br)
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